sexta-feira, 9 de abril de 2010

Seguindo a questão de estudos em sementes ....

 Depois da entrevista com Alemão sobre os estudos de sementes, resolvi aprofundar me na questão das sementes para futuros medicamentos. 
 Entrei em contato com IAC (Instituto Agronômico de Campinas), sobre pesquisa de sementes. Uma reportagem sobre meio ambiente e suas causas para revista da faculdade UNIMEP.
 Passei o dia no IAC, adorei, eles recebem as sementes, que passam por processos de catalogação, isso tudo feito por um técnico, eles entendem tão bem de semente que só de ver sua forma e cheiro muitas vezes já sabem a classe que se enquadram.
 Mesmo assim, os testes em sementes causam danos ao planeta. Apesar de muitas vezes terem resultados ótimos para medicina.
 Veja mais um pouco mais abaixo: 

   Da semente à vida



Apesar das pesquisas e legislação, atividade agrícola ainda agride o meio ambiente






Aline Ferreira






A atividade agrária é marcada pela destruição do meio ambiente e, apesar de atualmente existirem pesquisas de alta tecnologia buscando a conservação da biodiversidade, ainda é comum ver desastres naturais decorrentes dela.


Segundo o professor Paulo Jorge Figueiredo, do Curso de Engenharia de Produção da Unimep, seriam necessários anos de conscientização da população, para que espécies de frutos, folhas, flores e animais não fossem apagados do ecossistema. “Por questão de padrões evolutivos do planeta, muitos buscam somente crescer comercialmente, evoluir com o capitalismo de cada dia, com tecnologias através de desmatamento, poluição química, mudanças climatológicas de efeitos do homem, todos os tipos de danos ambientais, apenas para mostrar que um pode ser melhor que o outro”, salienta.


Figueiredo também é membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e presidente da Sodemap (Sociedade para Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba), uma ONG que desde sua fundação tem lutado em defesa do uso racional de recursos naturais e pela melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.


Sobre a ação da Sodemap ele explica: “Sempre que necessário a gente recorre aos órgãos públicos competentes para “cobrar” o cumprimento da legislação ambiental. Também busca a crescente participação da sociedade nas tomadas de decisão e na fiscalização ambiental”.


O Brasil é um dos paises que possui uma das melhores legislações ambientais do mundo, mas é reduzida a quantidade de pessoas que conhecem o assunto. A fiscalização também é insuficiente, apesar de existirem diversos órgãos com esta finalidade, como por exemplo, o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), órgão do MMA (Ministério do Meio Ambiente) que propõe estratégias e diretrizes de políticas governamentais para a gestão do meio ambiente e dos recursos naturais; e Codema (Conselho Municipal de Conservação, Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente) que acompanha as atividades da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, deliberando e assessorando o executivo.


A legislação federal define o Código Florestal e o seu procedimento no meio ambiente, assim como as providencias a serem tomadas em casos de danos ao ambiente; já a legislação estadual cuida da conservação e melhoria do meio ambiente, criando normas de qualidade do ar, da água e do solo; enquanto a legislação municipal busca uma junção das duas esferas e a aplicação no município.


Preocupado em embasar a legislação com a ciência, o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais) criou o PTLegis (Programa Temático de Legislação Ambiental e Florestal) que através de uma equipe formada por docentes, pesquisadores e órgãos ambientais, visa discutir a aplicação da legislação florestal, e os seus aspectos científicos e técnicos, à propriedade rural e florestal.


“Além de estudar os impactos individuais e cumulativos de cada região, o IPEF pretende delimitar os riscos sociais e ambientais, fazendo uma avaliação econômica de casos concretos de reposição da RL (Reserva Legal) - porcentagem da propriedade rural e florestal que deve ser dedicada, por lei, à conservação do ecossistema - e APP’s (Áreas de Proteção Permanente) - (determinada através de legislação como área a ser conservada),” explica Edison Fernando Pompermayer, advogado e mestrando em Recursos Florestais pela Esalq/USP e também um dos coordenadores do PTLegis.


Cada nível das organizações públicas tem seu próprio agente fiscalizador, que pode atuar com base em uma lei federal, estadual ou municipal. Piracicaba, por exemplo, possui uma Lei de Arborização Urbana, sobre a qual o Município tem maior responsabilidade, e sua fiscalização é feita pela Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente) e pelo Pelotão Ambiental da Guarda Municipal, explica Marco Taniguti, assessor de comunicação do PV (Partido Verde) em Piracicaba .


Outro centro que possui ações nesta área é o IAC (Instituto Agronômico de Campinas), que realiza pesquisas de acompanhamento da formação das sementes até o seu consumo. No instituto são estudados espécies de amendoins, maracujás e abacaxis , armazenados in vintro em estufas, e a partir daí inicia-se um trabalho de educação ambiental que envolve a sociedade e a agricultura.


Para Renato Arruda Veiga, coordenador do sistema de curadorias do IAC, é indispensável um trabalho de tratamento de erosão do solo e reflorestamento das áreas degradadas. “Apesar do foco do IAC ser agrícola, existe sempre a preocupação com a preservação do meio ambiente, com o tratamento das sementes, especialmente o amendoim (Arachis), que tem um maior valor de mercado”, destaca.


A estagiaria do IAC Rebeca Veiga concorda. “Trabalho no projeto da semente do maracujá e na gema lateral do abacaxi. Busco quais são os danos que as pragas desenvolvem nelas e assim posso melhorar cada semente. Então troco a semente contaminada e começo todo processo até chegar no resultado de preservação da espécie em diferente classificação”, explica.





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