terça-feira, 13 de abril de 2010

Demorei mas cheguei !!!

Hoje gostaria de falar sobre os idosos, sobre nosso futuro, é um dia seremos como eles.

Já parou para observar como eles são tratados ? No final de semana viajei, dentro do ônibus tinha um idoso sentado na poltrona da coluna ao lado, mas ele colocou suas bagagens no maleiro do meu lado, pois não tinha lugar onde estava sentado.


O ônibus foi lotando, as pessoas acomodando se em seus respectivos lugares, quando uma garota de aproximadamente 20 anos, sentou ao meu lado, colocou sua bagagem em cima do meu pé, mas tudo bem acontece.... rs....


Logo que sentou uma das bagagens do idoso caiu sobre ela, molhando tudo sua calça, fez um barulho de algo quebrando, ela começou a reclamar sem saber quem era o dono. O idoso triste, envergonhado pediu desculpas era apenas água da bolsa térmica que guardava seu medicamento, esse que o fez vir até a Unicamp, tinha partido em vários pedaços no chão. E a garota continua a reclamar....


Fiquei imaginando o trabalho que o idoso teve para conseguir esse medicamento, as pessoas não imaginam como é a burocracia neste país. São necessárias quantidades de exames, preencher laudos, assinaturas e pedidos do médico responsável. Lógico, que isso não serve apenas aos idosos, mas todos aqueles que precisam de medicamentos para viver.


Acho que devemos pensar melhor sobre os idosos ao nosso redor.


Tem um texto que fiz sobre Alzheimer :

Perdidos no Tempo 
Aline Ferreira



O nome da doença de Alzheimer tem origem ao alemão Alois Alzheimer, que nasceu em 1864, como médico residente do Sanatório Municipal de Dementes e Epilépticos, onde ínicio seus estudos sobre a doença relatando em um congresso de psiquiatria na Alemanha, o caso de sua paciente August D. em 1907, definindo como patologia neurológica não reconhecida, que era associada à demência na época. Com sintomas de perda de memória, alterações de comportamento e incapacidade de atividade de rotina. E nem podia imaginar que um dia seu sobrenome seria usado para indicar a doença de Alzheimeir como homenagem ao próprio, pois no início de suas pesquisas a doença era conhecida por vários termos, a “peste negra”, “epidemia silenciosa” ou “mal do século.”



Hoje não foi encontrada a cura, mas sim a evolução ao reconhecer os sintomas que variam de paciente para paciente. São sintomas silenciosos, degenerativo que comprometem o cérebro, diminuindo a memória, dificultando o raciocínio, alterando o comportamento e o funcionamento do organismo. Essa doença gera preconceito na sociedade e conflitos familiares, acredita se que essa doença ultrapassa o limite da medicina, transformando-se em um problema de ordem economica-social. O neurologista Dr. Luciano Ribeiro, fala: “O alzheimeir é mais comum em mulheres na faixa dos 40 aos 50 anos e a maioria aos 65 anos. Mas qualquer um pode ter a doença.”



Em alguns países da Europa e EUA, existem planos gratuitos de apoio ao paciente, mas no Brasil apenas pequenas iniciativas, como em São Paulo do Centro de Benezon Brasil, trabalham no tratamento de musicoterapia com pacientes de Alzeimeir, atuando em aspectos de memória, expressão, comunicação e sociabilização em Campinas a Associação Maior Apoio ao Doente de Alzheimeir (AMADA), realiza se reuniões de apoio, reflexões aos familiares ministradas por Maria Carmen de Luca Menezes e Lorna Castro Petrilli. “Cada reunião sinto o quanto é importante à família do doente entender e saber trabalhar com essa situação no dia-a-dia”, afirma Carmem Menezes. Para os interessados as reuniões do AMADA começam dia 04 de agosto, toda 1ª e 3ª sexta-feira do mês, das 14:00hs ás 16:00hs no Centro de Estudos dos Irmãos Penteado. E nestas reuniões acontecem relatos como de Neusa Sacoman, filha da doente de alzheimeir Orazilia Ribeiro de 86 anos, declara: “Minha mãe esquece que comeu, ela fica brava comigo porque quer ir embora para casa dela. Mas ela já esta em casa.” Orazilia começou a demonstrar os primeiros sintomas ás com o começo de um derrame, hoje ela não reconhece as pessoas da família. Ela é mãe de 3 filhos, estes que alternam nas atenções com a Mãe. Outro caso é o da família dos Morandi, o José Morandi, 74 anos escorregou no posto onde abastecia o carro, bateu com a cabeça, não lembrava como aconteceu e depois disso começaram os sintomas silenciosos, ele comprava várias coisas pensando ser a primeira vez. “Uma vez estávamos dentro do carro, começou um curto circuito, ele não queria parar o carro porque dizia no local que não podia parar. Falei mas nesse caso pode, pare o carro e liga o pisca alerta”, conta à esposa Rosalina Gimenes Morandi.



Lorna Petrilli e Carmem Menezes alertam:



- Deixe no bolso do doente endereço, nome completo e número do telefone.



- Não tente fazer o doente entender que ele já disse determinada frase.



- Avisar todos os conhecidos, amigos, porteiros, familiares que a pessoa tem alzheimeir .



Esta doença não existe cura, mas a melhor clinica e os melhores médicos que podem proporcionar ao portador de alzheimeir uma qualidade de vida melhor. Este tipo de doença deve ser um tratamento que não fica apenas no paciente, mas deve ser trabalhado junto com toda a família. Sendo assim, todos que conheçam o doente possam entender melhor como tratar a pessoa, o que pode dizer e o que não pode em determinados casos, afirma Dr. Luciano Ribeiro.




    

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